pós 1º semestre 2025 – inscrições abertas!

O programa de pós-graduação lato sensu da Escola da Cidade, criado em 2009, é composto por sete cursos que abrangem diferentes enfoques e aspectos práticos e profissionais da arquitetura, do urbanismo e áreas afins.

São sete especializações, com diferentes abordagens e formatos, mas que se estruturam a partir de dois elementos comuns: a prática e o fazer projetual – como pesquisa e estratégia de aproximação ao espaço e suas múltiplas escalas – e a temática geral e abrangente “Civilização América: um olhar através da arquitetura” – que propõe a compreensão e o enfrentamento das condições históricas, geográficas, territoriais e sociais que nos constituem, como contribuição ao campo da arquitetura e do urbanismo enquanto conhecimento e prática profissional.

As inscrições nos cursos de pós-graduação da Escola da Cidade podem ser realizadas a qualquer tempo, durante todo o ano, com exceção do curso ‘Geografia, Cidade e Arquitetura’, em que o ingresso se dá bimestralmente. Os demais cursos começam no início de cada semestre.

Saiba mais sobre cada Pós abaixo!

Os cursos se estruturam de forma que sejam um exercício permanente de reflexão e experimentação das atividades práticas e projetuais, recusando fórmulas prontas ou percursos pré-definidos, priorizando a pluralidade de métodos, abordagens e diálogos com outros saberes e agentes da sociedade. Nesse contexto, o ateliê – como espaço de debate e reflexão crítica permanente por meio do desenho e da aplicação de conteúdos – assume centralidade, articulando as demais reflexões teóricas. Assim, embora não estejam voltados exclusivamente para arquitetos e urbanistas, nossos cursos colocam em pauta a todo momento a ideia de projeto como pesquisa e sua experimentação. 

Em cada um dos módulos que estruturam os diversos cursos se recoloca a relação entre teoria e prática de formas diversas e atinentes aos recortes e abordagens: o projeto como diálogo entre agentes e fatores que definem o habitat humano ou como estratégia de aproximação a outros territórios e saberes; a concepção e desenho de nossas cidades a partir da transição entre escalas e compreensão das lógicas dinâmicas que a definem ou da arquitetura a partir de saberes estruturais e construtivos empíricos; entender, representar e intervir graficamente nas complexas dinâmicas e disputas que compõem o espaço de nossas cidades; o projeto em seus múltiplos sentidos e aspectos como processo permanente de ensino e de aprendizado.

Uma massa continental formada por três placas tectônicas define as porções norte, centro e sul da América. Uma unidade territorial natural formada há 1,5 milhões de anos quando a pequena placa centro-americana se ergueu juntando dois antigos fragmentos, reconhecida como tal apenas no século XVI, se tornando fato histórico. A descoberta transforma o mundo inexoravelmente, inaugurando, no plano do conhecimento, essa unidade. A colonização impôs um desmembramento geopolítico do território e sua ocupação. Por meio da predação, dizimou, em guerras e doenças, uma população local de 80 milhões de pessoas em menos de um século. O maior massacre da história da humanidade. Como consequência, a escravidão e um território cindido. Vinculando, no entanto, toda nossa história pós-colombiana à África. O enfrentamento crítico desse fracionamento, tão evidente na linha vertical do Tratado de Tordesilhas, como na horizontal que divide atualmente a América Latina da América Anglo-Saxônica, se revela como fulcro de um raciocínio projetual contemporâneo, tendo em vista um futuro mais esperançoso das relações entre as nações tão diferentes entre si das Américas e a transformação da natureza. Com essa perspectiva, procuramos imaginar a ocupação de um território onde a natureza possa ser elemento considerado e presente em todas as escalas; onde possamos enfrentar nossas históricas diferenças sociais; e onde se entenda as particularidades que compõem cada um de nossos ambientes urbanos – o distinto como uma expressão includente, e não segregadora. É nessa perspectiva que centramos nossos esforços: uma atitude crítica em face dessas realidades – abordada em suas diversas e variáveis escalas – é nossa possível contribuição ao campo da arquitetura e urbanismo como prática profissional e como conhecimento.

Os diversos cursos têm 360 horas organizadas por módulos que engendram a cada etapa discussão teórica e prática, que possibilitam o ingresso a cada módulo. Há ainda o desenvolvimento de monografia (no formato de reflexão teórica ou articulação e apresentação dos trabalhos desenvolvidos), equivalendo a dedicação de 30 horas nos três meses subsequentes à finalização do curso. O desenvolvimento da monografia é amparado por disciplina comum entre os cursos.