A Escola da Cidade, em parceria com o  Sesc São Paulo, por meio do Centro de Pesquisa Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo, realiza, de 2 a 6 de agosto, o XVI Seminário Internacional da Escola da Cidade. Com o tema Cidades em Debate: olhares e práticas contemporâneas, esta edição busca estimular olhares para a cidade e entender as diferentes camadas e tramas que constituem sua complexidade, além de trazer a discussão sobre a necessária revisão dos modos de intervir e de atuar na cidade.

A partir das perguntas ‘Como ver a cidade?’, ‘Como reconhecer a cidade?’ e ‘Como projetar a partir da cidade?’, o evento propõe a reflexão sobre práticas sociais e ambiente construído, em mesas, conferências e uma oficina gratuitas, realizadas pela plataforma Zoom. A curadoria é de Sabrina Fontenele e Silvio Oksman, ambos da Escola da Cidade, com colaboração dos ex-alunos Gabriela Duarte e Pedro Levorin.

Em busca de entender como reconhecer as lógicas dos contextos urbanos e propor cidades mais acessíveis e democráticas, a programação do XVI Seminário Internacional se concentra nas formas de olhar para a cidade a partir de questões sociais, culturais e econômicas. Ao longo dos cinco dias de atividades, o debate deverá refletir sobre ferramentas, métodos e resultados em contextos diversos, sempre atentos à contemporaneidade, à diversidade e à representatividade.

MESAS

14h-18h

As mesas e a oficina realizadas durante o período da tarde são voltadas aos alunos e professores da graduação e pós-graduação da Escola da Cidade. 

Acesso: Sala 01 – Suporte Pedagógico.

CONFERÊNCIAS

18h30-20h

As conferências realizadas em parceria com o Sesc são abertas ao público.

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.

programação

2.8 | segunda-feira | abertura

MESA 1

14h-15h30 | Conceituações necessárias

A mesa analisa conceitos como território, lugar e paisagem na busca de uma compreensão mais evidente de suas construções teóricas e práticas. Serão abordados de forma a servir como subsídio para as diferentes abordagens apresentadas ao longo do seminário.

Com Silvana Rubino (IFCH-Unicamp) e Sueli Furlan (FFLCH-USP)
Mediação: Marianna Boghosian Al Assal (Escola da Cidade).

16h-18h | Oficina 

O exercício proposto para alunas e alunos da graduação e de pós-graduação da Escola da Cidade, coordenado pelo corpo docente da EC, será elaborado durante os cinco dias do evento, marcando o início das atividades do segundo semestre letivo de 2021. A partir das discussões apresentadas ao longo do XVI Seminário Internacional, propõe-se que as equipes se debrucem sobre áreas pré-estabelecidas na cidade de São Paulo, que podem ser estudadas por aproximações diversas. Para cada área selecionada, subgrupos irão levantar temas específicos (sociais, culturais e econômicos), investigar contextos e entender como os diversos olhares podem disputar ou dialogar para a criação de espaços acessíveis e democráticos. O objetivo final é apresentar, no último dia de seminário, o resultado dessas leituras e refletir sobre novas perspectivas de atuação no campo.

Acesso: Sala 01 – Suporte Pedagógico

CONFERÊNCIA 1

18h-20h | Abertura

Abertura: Fernando Marineli (SESC-SP), Cristiane Muniz (Escola da Cidade), Sabrina Fontenele (Escola da Cidade) e Silvio Oksman (Escola da Cidade). Na sequência, a arquiteta Paola Viganò, que acumula uma experiência extensa no desenvolvimento de planejamento urbano e projetos de espaços públicos e arquitetônicos, propõe a discussão de intervenções na cidade e desenho na escala metropolitana.

Conferencista: Paola Viganò (Itália)
Mediação: Fernando Marineli (Sesc-SP)

 

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.

3.8 | terça-feira

MESA 2

14h-15h30 | Pré-existência e resistência

Entende-se que a cidade é campo de constantes disputas de narrativas, reivindicadas ou impostas por diversos grupos e instituições. Nesse sentido, esta mesa procura apresentar organizações e iniciativas sociais, raciais e culturais que promovem a preservação e reiteração de suas existências em contextos urbanos.

Com Mônica Lima – LEÁFRICA/UFRJ (Rio de Janeiro, Brasil), Jerá Guarani – Terra Indígena Tenondé Porã (São Paulo, Brasil) e Clevio Rabelo – Coletivo Arquitetura Bicha (Brasil, EUA)

Mediação: Gleuson Pinheiro (Escola da Cidade)

16h-18h | Oficina

CONFERÊNCIA 2

18h30-20h | Cidadania Crítica: entender o passado, reconstruir o presente, qualificar o futuro 

As cidades de hoje carregam na sua forma e função os discursos opressores que mutilaram cidadanias e se naturalizaram como parte inerente ao desenvolvimento e desenho urbano. Em tempos de pandemia, as dinâmicas presentes nos espaços urbanos se descortinam e expõem o que, até então, era negligenciado. Chegamos a conclusão de que, no pós pandemia, transformações sociais serão necessárias. Mas essas transformações sociais não serão efetivas se não abarcarem os resquícios coloniais e excludentes que permeiam nossa vivência nas cidades. Ou seja, toda e qualquer transformação no âmbito social deve ser tangenciada pela leitura do território, para que possamos entender até que ponto a cidades consubstanciam as opressões recebendo e organizando o pensamento social equivocado na configuração dos espaços, na produção habitacional, na concepção das edificações, no planejamento e nas políticas urbanas como um todo.

Com Joice Berth (São Paulo, Brasil)
Mediação: Dulci da Conceição Lima (Sesc-SP)

 

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.

4.8 | quarta-feira

MESA 3

14h-15h30 | Por que não a habitação? 

Esta mesa discute entraves e soluções da implantação de habitação em contextos diversos. Entende-se esta questão como essencial para organização de espaços urbanos socialmente responsáveis. A mesa apresenta o debate a partir de grupos que reivindicam moradia e com agentes promotores de políticas públicas.

Com Graça Xavier (São Paulo, Brasil) e Glória Cecília Santos Figueiredo (Bahia, Brasil)
Mediação: Marta Lagreca (Escola da Cidade).

16h-18h | Oficina

CONFERÊNCIA 3

18h30-20h | A casa na cidade pós-produção 

A cidade é determinada por múltiplos agentes e interesses mercadológicos, contrariando aqueles que chamam de ‘orgânica’ a maneira como os centros urbanos crescem e se articulam. Nesta conferência, a arquiteta mexicana Tatiana Bilbao se propõe a debater como propor maneiras de habitar atendendo às demandas e às complexidades dos diversos núcleos familiares e indivíduos que residem nos centros urbanos contemporâneos.

Com Tatiana Bilbao (Cidade do México, México)
Mediação: Paula Santoro (FAU-USP)

 

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.

5.8 | quinta-feira

MESA 4

14h-15h30 | Novas abordagens urbanas, tecnologias e arquitetura

A mesa se propõe a investigar métodos de trabalho que partem de processos participativos e que se apropriam de tecnologias construtivas e dinâmicas para a transformação de realidades sociais e urbanas.

Com Ester Carro (São Paulo, Brasil) e Sandra Cáceres – Cooperativa COVICIVI (Montevidéo – Uruguai)
Mediação: Ruben Otero (Escola da Cidade)

16h-18h | Oficina

CONFERÊNCIA 4

18h30-20h | Novos métodos, resultados diversos

A arquiteta e ativista social argentina se propõe a apresentar investigações e ações feministas que tratem de projeto e de políticas urbanas e habitacionais a partir das perspectiva de gênero, em especial na América Latina.

Com Ana Falú (San Miguel de Tucumán, Argentina)
Mediação: Gabriela Leandro Pereira  (UFBA)

 

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.

6.8 | sexta-feira | encerramento

OFICINA

14h-15h30 | Oficina
16h-18h | Apresentação dos resultados da Oficina

CONFERÊNCIA 5

18h30-20h | Encerramento – A metrópole contemporânea e os sentidos do urbanismo 

Há hoje uma revisão profunda dos princípios que pautaram o urbanismo voltado à cidade do futuro conduzindo às novas metodologias. Essas revisões combatem o dogmatismo que dominou o urbanismo no século 20. Num arco de alternativas temos duas polaridades extremas. De um lado a visão utópica, remanescente do urbanismo modernista, guiada por problemas atuais, conduzindo a propostas de projeto ex-novo. Na ponta oposta, há a prefiguração da cidade do futuro como realidade distópica e também regida por problemas atuais, porém vistos de forma exacerbada, sombria e avessa à possibilidade de recuperação. É interessante observar que, nos dois casos, a cidade atual é a matéria-prima para pensar e projetar a cidade do futuro. Portanto, é urgente aprofundar nosso conhecimento acerca da cidade existente associado ao padrão da urbanização contemporânea.

Com Regina Meyer (FAU-USP)

Mediação: Sabrina Fontenele e Silvio Oksman (Escola da Cidade)

 

INSCRIÇÕES ATÉ 01.8 (DOMINGO)

Gratuito.