Coronavida: pandemia, cidade e cultura urbana aborda os impactos do coronavírus na cultura e no cotidiano das cidades. A supressão do espaço público, os novos formatos de ativismo, a pandemia das imagens (de lives a memes), a vigilância molecular do novo normal, a precarização das relações sociais e o trabalho remoto são alguns dos temas abordados.

O livro toma seu título emprestado de uma série (Coronavida) que a autora escreveu para a Revista seLecT entre março e abril deste ano. A série se desdobrou em colaborações feitas para a revista Piauí, Folha de S. Paulo, Rádio USP e n-1 edições. Desdobrou-se, ainda, em vídeos e palestras, como a feita na abertura do Seminário Cultura e Realidade Contemporânea, curado por Guilherme Wisnik, que passou a dirigir também a coleção Outras Palavras, a partir dessa publicação, com o arquiteto e editor Fabio Valentim, da Escola da Cidade.

A convite da Escola, esse material foi reunido e editado como livro. Escrito durante a quarentena, Coronavida é um texto que funciona como um registro desse período e uma pauta de reflexões. Em diálogo com autores como Deleuze, Latour e Jonathan Crary, e permeado de referências a cultura pop, como Batman: o cavaleiro das trevas e as intervenções do coletivo Projetemos, Giselle Beiguelman escaneia a vida emparedada pelas telas para pensar os impactos do coronavírus na nossa compreensão de cidade.

Sobre a autora: Giselle Beiguelman é artista e professora Livre-Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pesquisa preservação de arte digital, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. Desenvolve projetos de intervenções artísticas no espaço público e com mídias digitais. É autora de Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições Sesc, 2019) e de vários livros e artigos sobre o nomadismo contemporâneo e as práticas da cultura digital. Foi coordenadora do curso de Design da FAUUSP de 2013 a 2015, onde leciona desde 2011. Entre seus projetos recentes destacam-se Memória da amnésia (2015), Odiolândia (2017) e Monumento Nenhum (2019). É membro do Laboratório para OUTROS Urbanismos (FAUUSP) e coordenadora do GAIA (Grupo de Arte e Inteligência Artificial – INOVA USP). Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP, MAR (Rio de Janeiro) e Pinacoteca de São Paulo. Entre outros prêmios, recebeu o Prêmio ABCA 2016 (Associação Brasileira dos Críticos de Arte), categoria Destaque. Em 2014, integrou o grupo de 10 net artistas internacionais convidados pelo The Webby Awards para participar da exposição comemorativa dos 25 anos da WWW (The Web at 25). É colunista da Rádio USP e da Revista Zum. Site pessoal: desvirtual.com.

Título: Coronavida: pandemia, cidade e cultura urbana – coleção
Outras Palavras vol.8
Autor: Giselle Beiguelman
Ano: 2020 | 1ª edição
Nº de páginas: 44
ISBN: 978-65-86368-10-9