SOBRE A JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA ESCOLA DA CIDADE
A Jornada de Iniciação Científica da Escola da Cidade tem se firmado como espaço de apresentação de pesquisas realizadas por estudantes de graduação em Arquitetura e Urbanismo (e áreas afins) oriundas tanto da Escola da Cidade como de outras universidades, faculdades e escolas. Neste momento, abrimos uma nova chamada para pesquisadoras e pesquisadores com interesse em enviar trabalhos para a 14ª edição do evento, que ocorre de 21 a 23 de março de 2023, em formato híbrido. O prazo para submissão foi prorrogado até 25 de fevereiro.
A partir das pesquisas desenvolvidas pelo corpo discente da Escola da Cidade, nas três frentes de trabalho praticadas ‒ pesquisa aplicada, pesquisa experimental e iniciação científica ‒ foram estabelecidas sete áreas iniciais de investigação, que servirão para orientar a criação de mesas em diversos eixos temáticos:
- Imaginários, representações e linguagens
- Memórias, resistências e materialidades
- Pesquisa, historiografia e acervos
- Diversidade e diversidades
- Meio ambiente, comunidades e tecnologias
- Cidades, planejamento e conflitos
- Ensino, metodologias e coletividades
As mesas serão compostas por pesquisas desenvolvidas na Escola da Cidade em diálogo aberto com trabalhos de outras instituições. Assim, convidamos estudantes de graduação de todo o Brasil a enviarem suas pesquisas com temáticas afins, fomentando o diálogo e o intercâmbio entre pesquisadores de diversos contextos acadêmicos.
CALENDÁRIO
25/2 – Novo prazo final para envio de trabalhos
13/3 – Divulgação dos trabalhos selecionados e da programação completa
21 a 24/3 – XIV Jornada de Iniciação Científica
NORMAS PARA INSCRIÇÃO E ENVIO DE TRABALHOS
A inscrição no evento é gratuita e a submissão dos trabalhos deve ser feita por meio do preenchimento completo do formulário (título da pesquisa, autoria, orientação, instituição sede, fomento, resumo e palavras-chave), com resumo expandido (de 1000 palavras especificando recorte, objetivos e metodologia da pesquisa), anexado em arquivo pdf e indicando a área de investigação para submissão.
Os trabalhos serão selecionados e organizados a partir da aproximação às áreas de investigação e do potencial de articulação de debates com as questões levantadas. Clique aqui para consultar a descrição desses eixos.
APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
As mesas de discussão acontecem nos dias 21 e 22 de março, das 14h às 18h30, e no dia 23 de março, das 14h às 21h, em formato híbrido. Os resumos enviados na submissão constarão nos anais do evento, a ser publicado na revista Cadernos de Pesquisa da Escola da Cidade #14.
COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof. Dr. Alexandre Benoit
Profa. Dra. Amália Cristovão dos Santos
Profa. Dra. Anália Amorim
Profa. Dra. Glória Kok
Prof. Dr. João Kuhn
Prof. Dr. João Sodré
Profa. Ms. Maira Rios
Profa. Dra. Marianna Boghosian Al Assal
Profa. Ms. Marina Pedreira de Lacerda
Profa. Dra. Monica dos Santos Dolce Uzum
Profa. Dra. Paula Dedecca
Prof. Ms. Pedro Beresin
Prof. Dr. Pedro Sales
Profa. Dra. Sabrina Fontenele
Profa. Sandra Aparecida Rufino
Ana Carolina Godefroid
Bruna Bonfim
Julia Dantas Deccó
Taís Frasinelli Barreto
ORGANIZAÇÃO
Conselho Científico da Escola da Cidade
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
- Imaginários, representações e linguagens
Essa área de investigação discute as estratégias projetuais e discursivas, com enfoque no tensionamento das concepções construídas e imaginadas de espaço e arquitetura em suas escalas múltiplas. Se enquadram nesta área pesquisas que buscam investigar a concepção projetual e suas ideologias; que exploram suportes de representações e linguagens para a criação de ideias e estudos sobre a produção do ambiente construído e da cultura; que abarca as possibilidades de tradução entre linguagens, estabelecendo o diálogo entre signos verbais e não verbais; que exploram meios de comunicação etc.
- Memórias, resistências e materialidades
Pretende-se discutir o trabalho da memória nos sujeitos individuais e coletivos como uma prática de elaboração do passado traumático e violento do Brasil, do qual se destacam o período de escravização dos corpos negros e os regimes ditatoriais, bem como as resistências e lutas insurgentes nesses processos. Esta área de investigação reconhece novas abordagens associadas à memória, como também à preservação, conservação, apropriação e destruição do patrimônio cultural demonstrando a ampliação do reconhecimento de bens culturais que até pouco tempo estavam circunscritos a grupos bastante restritos. Estimulam-se também a inscrição de pesquisas que tratam de manifestações culturais, lugares de memória, metodologias de pesquisa, entre outros.
- Pesquisa, historiografia e acervos
Esta área de investigação pretende discutir as múltiplas perspectivas e desafios que emergem da relação entre pesquisa acadêmica e acervos documentais. Ademais, considerando o universo plural de documentos que subsidiam a investigação acadêmica, busca pensar como essa relação abre frentes diversas para a experimentação de narrativas historiográficas sobre os agenciamentos do espaço construído, alargando fronteiras disciplinares e iluminando outros agentes e experiências. Abarca, ainda, discussões sobre as documentações da cultura material, fontes documentais e iconográficas, e suas diferentes implicações para a pesquisa e a escrita histórica.
- Diversidade e diversidades
Este campo de pesquisa pretende reunir pesquisas que se dedicam às temáticas da política e da diferença no espaço, abrindo-se para trabalhos que investigam e interpretam: ativismos e movimentos sociais; processos históricos de alterização, subalternização e resistência; transformações e reinterpretações nos campos disciplinares e profissionais da arquitetura e do urbanismo; outras questões acerca da política e da diferença. Estimulam-se inscrições de pesquisas que voltem sua atenção para as diferenças e desigualdades vividas no espaço, em particular em termos de gênero, raça, deficiência e sexualidade.
- Meio ambiente, comunidades e tecnologias
Esta área de investigação busca tomar conhecimento e debater trabalhos acadêmicos que apostam na construção da autonomia de comunidades, a qual pode se dar através da eleição de tecnologias comprometidas com o ambiente e sensíveis ao trabalho coletivo. Também se propõe debater pesquisas que abordem a relação entre corpos humanos e biosfera a partir de tecnologias diversas e do meio construído.
- Cidades, planejamento e conflitos
Pretende-se refletir sobre as fontes, ferramentas, metodologias e resultados para o planejamento do espaço do século XX ao contemporâneo, a partir de seus agentes, experiências e articulações. Se enquadram nesta área de investigação pesquisas que buscam debater projetos urbanos e territoriais, forma urbana, apropriações, reflexões e representações em suas características físicas e/ou sociais. Pesquisas que experimentam novas possibilidades de construções narrativas ao mobilizarem outros enquadramentos conceituais, delimitações e conexões geográficas; investigação sobre a morfologia física e social; questões relacionadas ao deslocamento, o entrecruzamento e o encontro de corpos, escalas e velocidades na experiência da cidade; a criação de novos espaços-tempos e o livre uso dos elementos urbanos e funções; mobilidades e sistema de espaços livres, etc.
- Ensino, metodologias e coletividades
Diversas pesquisas têm tomado as próprias faculdades de arquitetura como objeto, discutindo as experiências e práticas didáticas, as formas de organização institucional e estudantil e as possibilidades de construção e reprodução de poder nesses lugares. Esta área de investigação privilegia investigações sobre o avanço dos debates acerca das ações afirmativas, as lutas pela ampliação da diversidade discente e docente, a problematização dos conteúdos curriculares, a revisão de formatos e temas de aula e pesquisa e as dinâmicas de formação e atuação de coletivos discentes dentro das instituições de ensino.