O Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea retorna nesta quarta (3.3.2021) com uma nova dinâmica: neste ano teremos ciclos de curadoria temáticos. O jornalista Guilherme Werneck inicia este primeiro ciclo com o tema “cultura”.
Cultura, pensamento e futuros
Guilherme Werneck
A arte e a cultura sempre foram boas balizas para apontar rumos para a sociedade, trazendo olhares para questões contemporâneas que extrapolam a visão técnica e racional, problematizando e buscando soluções sensíveis para a miríade de problemas que nascem da realidade brasileira, vista aqui tanto do ponto de vista político quando social.
A ideia desse ciclo de debates é partir tanto das manifestações artísticas e dos conceitos contemporâneos de criação e difusão de cultura, assim como de diferentes correntes de pensamento atual, para fazer a crítica do momento atual e sonhar novas realidades. Afinal, não existe meio melhor do que a produção de cultura, entendida aqui da forma mais ampla possível, para reafirmar nosso direito às utopias.
Mas porque precisamos de novos sonhos? Arte e pensamento trazem, por caminhos diferentes, um diagnóstico comum para os dias de hoje. É impossível atacar problemas complexos, interdependentes, com soluções simplistas. E o mundo global, interligado pela tecnologia, de profunda transformação nas relações de poder, econômicas, sociais e de acesso ao conhecimento, quando analisado em profundidade, é todo moldado por essas redes de complexidades. A primeira reação a esse mundo em voraz destruição e autoconstrução é de repousar o olhar em todos os problemas que nascem desse processo radical de transformação. É importante esse movimento, mas pode ser paralisante.
Por isso, nesse ciclo o desejo principal a nortear as conversas, é, sem desprezar as análises de nossos problemas conjunturais, instigar um olhar para o que pode dar certo, e como a arte e a cultura podem contribuir para a inspirar esses novos ideais de atuação neste planeta.
Para isso, os interlocutores podem vir tanto de uma atuação prática com as artes, em suas mais diferentes manifestações, da música ao cinema, das artes visuais à literatura, de uma atuação mais intelectual, por meio da crítica, da filosofia ou da psicologia, ou mesmo de quem atua com cultura nas linhas de frente de transformação social.
Guilherme Werneck é jornalista e roteirista. Hoje é um dos editores da revista Bravo!, que voltou como um projeto digital em 2016. É sócio da B&W Produções, além de ser produtor do programa Ondas Tortas na rádio online Dublab Brasil. Foi diretor de estratégia digital da Abril e da MTV, diretor de redação da revista Trip, além de ter sido repórter e editor nos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo.
o futuro da canção
romulo fróes conversa com guilherme werneck
A canção brasileira é fundamental para construir a identidade do país. Em constante mutação ela chega hoje aberta para inúmeras possibilidades criativas, onde convivem a tradição, as inovações e inclusive o esgarçamento da ideia de canção. O convite é para pensar o futuro da canção e que país emerge desse imaginário.
Romulo Fróes é cantor, compositor e produtor paulistano. Escreve textos críticos sobre a música brasileira e já realizou documentários, trilhas sonoras, curadorias musicais, além de produzir e dirigir discos e shows de artistas como Elza Soares e Jards Macalé.
SERVIÇO
3.3.2021 – quarta-feira – 18h
Atividade gratuita.