O curso de pós-graduação Arquitetura, educação e sociedade, da Escola da Cidade, em parceria com o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, convida para três aulas abertas voltadas a uma reflexão sobre possibilidades da prática de arquitetos e urbanistas na construção de alianças transformadoras no ensino, no território e na sociedade. Com o tema Territórios educativos como reflexão sobre a prática de arquitetos e urbanistas, as aulas são online e gratuitas e acontecem nos dias 6, 13 e 20/10, quartas-feiras, das 18h às 21h. Clique aqui para realizar sua inscrição.
A intenção é fomentar uma agenda de criação de cidades mais verdes, acessíveis e amigáveis às crianças e reverberar os princípios do programa Criança e Natureza na estrutura didático-pedagógica da Escola da Cidade. As ações começaram no primeiro semestre de 2021 com duas aulas do curso Mobilidade e cidade contemporânea, disponíveis aqui no youtube.
Para incluir a infância no centro do debate sobre cidades, é fundamental a formação de uma rede, com articulação entre universidades, gestores públicos e sociedade civil, a fim de promover ações pautadas na inovação urbana, qualidade de vida, sustentabilidade e bem-estar para as crianças e para o planeta. As vagas são limitadas e as inscrições vão até 4/10 ou até atingirem a capacidade. O link de acesso à sala será enviado pelo e-mail cadastrado no formulário abaixo.
programação
6 de outubro, quarta-feira, das 18h às 21h
Arquitetos e urbanistas como agentes educativos – O campo construído historicamente
Beatriz Goulart, mediadora deste encontro, abre o ciclo apresentando conceitos e concepções de territórios educativos, destacando a importância da escuta das crianças, dos processos participativos e de dispositivos já empregados.
Cassia Buitoni apresentará sua pesquisa de mestrado sobre a arquiteta Mayumi Watanabe Souza Lima, referência por sua atuação no campo da educação e em práticas de escuta das crianças, professores, bem como dos diversos agentes envolvidos na elaboração dos projetos João Kopke (1978), Jardim Varginha/fortleza (1983) e Cedec (1990).
Ligia Lanna apresentará pesquisa que resultou em seu trabalho de conclusão de curso na Escola da Cidade, no qual elabora uma linha do tempo da história no Brasil estabelecendo relações entre território e educação no contexto das políticas públicas, com destaque ao CEUs em São Paulo-SP.
13 outubro, quarta-feira, das 18h às 21h
Escolas como dispositivos territorializantes
Beatriz Goulart abordará o conceito de dispositivo territorializante a partir da apresentação de casos emblemáticos no Brasil: Nova Iguaçu-RJ e Belo Horizonte-MG.
André Gravatá vai apresentar o histórico de ações da Virada Educação e do Território das Travessias, ambos envolvendo as escolas da região central de São Paulo-SP.
Vanessa de Oliveira Santos apresenta práticas pedagógicas da EMEI Gabriel Prestes explorando o território do entorno escolar.
20 outubro, quarta-feira, das 18h às 21h
Ações educativas socioambientais: A ilha do Bororé
Jorge Bassani mediará o encontro e apresentará o Grupo de Estudos Mapografias Urbanas (GeMAP), que coordena como professor da FAU-USP, destacando a atuação da extensão universitária na Ilha do Bororé, território da represa Billings no extremo sul da cidade de São Paulo.
Jailson Lara e José Carlos Nicacio Caldas farão uma exposição de suas atuações como educadores atuantes na Ilha do Bororé, destacando o potencial do território, a biodiversidade do local, bem como sua sustentabilidade social e ecológica.
participantes
Beatriz Goulart é arquiteta-urbanista (FAU-USP), mestra (FAU-UFRJ), pesquisadora do grupo ambiente-educação (FAU-UFRJ) e fundadora-membro do centro de referências em educação integral. É conselheira suplente do CAU-SP e representante do Brasil na União Internacional de Arquitetos-Criança. É professora da Escola da Cidade e diretora institucional da Fábrica-Escola de Humanidades João Filgueiras Lima, escola de Ensino Médio Técnico Integrado da Escola da Cidade.
Cássia S. Buitoni é arquiteta (FAU-USP, 2000) com mestrado na área de Projeto, Espaço e Cultura (FAU-USP, 2009), com o título Mayumi Watanabe Souza Lima: a construção do espaço para a Educação. Desde 2003, participa do escritório bvy arquitetos associados, que fundou com a sócia Mariana Viégas. Desenvolve pesquisas e projetos de arquitetura e de comunicação visual/design gráfico ambiental, com especial interesse sobre os espaços voltados para a educação e cultura (escolas, museus, exposições temporárias).
Ligia Lanna é aluna do último ano de arquitetura e urbanismo. Participa e acredita na potência de trabalhos de extensão como forma de unir o conhecimento acadêmico às demandas da cidade. Trabalhou com desenho urbano na Secretaria de Urbanismo da Prefeitura de São Paulo. Atualmente, faz estágio no Instituto Alana.
André Gravatá é educador e poeta, autor dos livros O jogo de ler o mundo (2020), Inadiável (2017), organizador do Cartas a jovens educadores/as (2019), coautor do Volta ao mundo em 13 escolas (2013) e coautor do Poéticas Públicas (2019). É um dos criadores do jornal das miudezas, junto com a artista Serena Labate, com quem realiza também outras publicações no Sorver Versos. É um dos fundadores da Virada Educação e do coletivo Entusiasmo, que nasceram em 2014 para aprofundar as relações entre educação, arte e território.
Vanessa de Oliveira Santos é pedagoga pela FEUSP, pós-graduanda em Legislativo, território e gestão democrática da cidade pela CMSP, professora destaque 2019 da PMSP, ganhadora do prêmio territórios educativos do Instituto Tomie Ohtake e professora de educação infantil e ensino fundamental I da EMEI Gabriel Prestes. Há 30 anos atua na rede pública de ensino.
Jaison Lara é liderança comunitária e Gestor Cultural. Faz parte da Casa Ecoativa, um centro eco-cultural localizado na Ilha do Bororé, e está como Gestor de CCA (Centro para Crianças e Adolescentes). Articula o projeto Adrião Escola Aberta e o Memorial da Ilha do Bororé, um projeto de Valorização do Patrimônio Cultural da comunidade reconhecido pelo Museu da Pessoa. Foi reconhecido pelo Prêmio Tina Galvão de Diretos Humanos e tem sua vida de ativismo registrada nos documentários Outros Tempos Jovens – Eu Mudo o Mundo (HBO) e O Tamanho que o Planeta é (Instituto Alana).
José Carlos Nicacio Caldas é professor titular de história há 29 anos, sendo 17 anos na E. E. Professor Adão Bernardes. Entre vários projetos, destaca-se: grupo de teatro desde 2012; projetos com a Casa Ecoativa, envolvendo a escola Adrião Bernardes; projetos com a FAU-USP e alunos da escola, em relação ao território da represa Billings e a Ilha do Bororé. Esse projeto, em especial, tem como principal objetivo, mostrar o potencial do território, a biodiversidade do local, bem como sua sustentabilidade social e ecológica do território, que fica no extremo sul da capital de São Paulo.
Jorge Bassani, artista e urbanista, é professor no grupo de disciplinas de Estudos da Urbanização da FAUUSP. Coordenador no Grupo de Estudos Mapografias Urbanas (GeMAP), que atua em pesquisa e extensão universitária, desenvolve, desde 2012, o projeto Mapografias de São Paulo, realizado com estudantes de escolas públicas das periferias da cidade. Desde 2017, o projeto se fixou na Ilha do Bororé, onde passou a fazer parte da rede local com a Casa Ecoativa e a E.E. Adrião Bernardes, na produção de um amplo projeto de visibilidade da memória do território.