19.03.18 – 13.06.19
Sob a curadoria de José Paulo Gouvêa, com montagem de Alvaro Razuk, arquitetos e professores da Escola da Cidade e com co-curadoria do arquiteto e professor da Escola da Cidade, Alexandre Benoit e pelo arquiteto e professor da Unicamp, Rafael Urano Frajndlich, a exposição atualiza o edifício e expõe os seus propósitos; da proposta do concurso até o inédito projeto estrutural de engenharia, mostrando ao público aspectos pouco conhecidos desta importante obra de Paulo Mendes da Rocha.
No momento de maior acirramento da ditadura militar, pós-AI5, um concurso público elegeu para representar o país na Expo’70, em Osaka, no Japão, o projeto do jovem arquiteto Paulo Mendes da Rocha. “Contrariando o sombrio ambiente político do período, o edifício apresentava a continuidade das expectativas artísticas da década anterior. O pavilhão, uma cobertura em concreto armado e protendido associada a um desenho topográfico, uniu técnica e natureza, arte e política”, afirma José Paulo Gouvêa, curador da exposição.
As pranchas apresentadas pela equipe de Paulo Mendes da Rocha no concurso público estarão expostas. “Sua arquitetura estava originalmente ligada a uma exposição pensada por Flavio Motta que, apesar de não executada, está registrada em 43 manuscritos acerca do elo entre forma e conteúdo imaginados pelos autores”, afirma Gouvêa.
A exposição apresenta ao público, pela primeira vez, o projeto executivo de estrutura a partir de desenhos refeitos pela equipe curatorial, oferecendo ao público uma ideia mais aprofundada sobre as fôrmas, ferragens e dimensionamento do edifício. “O projeto de Engenharia civil, concebido por Siguer Mitsutani e desenvolvido por Katsuhiko Sato, mostra a íntima relação entre arquitetura e estrutura”, completa.
Por fim, uma maquete de 1,60×1,00m sintetiza os conteúdos apresentados nas pranchas e permite a leitura do edifício por arquitetos e pelo público em geral.
Em paralelo, linhas do tempo e textos explicativos conectam a existência do edifício com o regime do período.
A exposição é fruto de uma parceria de fomento com o CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo.