Camila Ungaro, com o projeto “Ressignificando um símbolo: novos usos para o edifício garagem”, e Luiza Tripoli, com o projeto “(In) comum”, foram selecionadas e participarão da mostra “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21” – tema central da 27ª edição do Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO).
As alunas representaram a Escola e ambos os trabalhos foram destaque no concurso que é uma iniciativa do Comitê Organizador do UIA2021RIO, do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), com a parceria institucional da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro CAU/RJ por meio da sua Comissão de Ensino e Formação (CEF/RJ).
A mostra acontece entre os dias 18 e 22 de julho de 2021, na cidade do Rio de Janeiro e terá exibição no site da UIA2021RIO.
Para conferir a seleção completa dos trabalhos (TFG-TCC), clique aqui!
Ressignificando um símbolo: novos usos para o edifício garagem •
In (comum) •
de Camila Ungaro,
orientado por José Paulo Gouvêa
LINK: UIA2021Rio – Ressignificando um símbolo
O grande incentivo para a construção de edifícios-garagem no centro de São Paulo na década de 50 é um reflexo direto de uma cidade que prioriza os carros em relação aos pedestres.
Ao entender essa tipologia como um símbolo do modelo urbano rodoviarista vigente no Brasil, propõe-se uma ressignificação do mesmo a partir da mudança do uso de uma garagem vertical, na região central da capital paulista. Além do edifício-garagem, o projeto se apropria de outros terrenos que funcionam como estacionamento para criar um centro esportivo – um dos poucos programas insuficientes na região, que conta apenas com 1 espaço público e 4 privativos para prática de atividade física para uma população aproximada de 46.262 pessoas.
Devolver o espaço para as pessoas é uma forma de inverter a hierarquia máquina-corpo e provocar discussões sobre o modelo de cidade em que vivemos. Alterar o uso de um prédio pensado na escala do automóvel para um uso compatível com a escala humana é uma forma de desestimular o uso do carro nos grandes centros urbanos, rever o seu protagonismo e propor um novo modelo de cidade mais compatível com o mundo contemporâneo, no qual essa tipologia não é mais necessária.
de Luiza Tripoli
orientado por Carol Tonetti
LINK: UIA2021Rio – In(Comum)
Projeto dedicado a estabelecer pontes entre a biosfera e a humanidade a partir da arquitetura. No estudo, baseado em vivências presenciais durante 6 anos, em comunidades e ecovilas em diferentes partes do mundo – Auroville (Índia), Damanhur (Itália), Piracanga (Brasil) e Kikajjo (Uganda) – observou-se questões essenciais para a sustentabilidade nos seus 4 âmbitos: social, político, econômico e ecológico.
Para isso, utiliza a essência da cozinha das ecovilas para tornar escalável essa ponte entre humanidade e biosfera, adaptando espaços já existentes nas cidades e readaptando seu uso, como os postos de gasolina abandonados.
Três pilares ancoram a concepção: a construção ecológica, priorizando materiais renováveis e a redução de interferências na pré existência espacial; a implantação de mecanismos para inserir o equipamento aos ciclos naturais durante seu uso; e a autoconstrução, que traz por conta das técnicas da bioconstrução, um convite à vizinhança participar do canteiro de obras, gerando assim, desde o início, o sentimento de pertencimento e cuidado ao equipamento coletivo e aos outros.